O mundo atual tem pressionado a sociedade a encontrar alternativas nos ambientes de negócio sob o aspecto de melhorar a experiência financeira como um todo. A Pandemia Covid-19 evidenciou este aspecto apresentando diversos cenários em que os modelos até então estabelecidos foram inviabilizados, já que toda a sociedade foi provocada a viver uma experiência nunca antes prevista, o distanciamento social. Este evento provocou todos os ambientes de negócio a rever suas estratégias e adaptar-se a uma nova realidade, trouxe a inclusão de milhares de pessoas desbancarizadas para o contexto financeiro brasileiro, já fazendo uso do modelo de conta bancária totalmente digital, sendo assim, as transações eletrônicas passaram a ser o principal recurso para atender as diversas demandas da sociedade.

Com os crescentes avanços na área de tecnologia, houve um aumento significativo da presença das plataformas digitais, fazendo uso de uma série de recursos tecnológicos de forma a melhorar a experiência digital e a segurança dos usuários, desde o momento da escolha dos produtos e serviços desejados, até a flexibilização nos meios de pagamento, tanto os existentes e conhecidos por boa parte da população já inserida no ecossistema financeiro, quanto uma aceleração do uso e aceitação do PIX, um novo meio de pagamento criado pelo Banco Central, revolucionando o cenário financeiro brasileiro.

Pix é o Pagamento Instantâneo Brasileiro, meio de pagamento criado pelo Banco Central em que os recursos são transferidos entre contas em poucos segundos, a qualquer hora ou dia. É prático, rápido e seguro. O Pix pode ser realizado a partir de uma conta corrente, conta poupança ou conta de pagamento pré-paga .

Este meio de pagamento trouxe uma série de benefícios à sociedade e, além da rapidez e segurança, também derrubou o custo de transação,  quando comparado com outros meios de pagamento. Podemos perceber este efeito, por exemplo, no uso de cartão de crédito ou débito que requer o uso de maquininhas ou algum outro recurso para efetuar a leitura dos dados do cartão, o que aumenta por demais o custo da disponibilização de toda a infraestrutura necessária para suportar este ecossistema. Da mesma forma, pagamentos via boleto, que exigem tanto um controle mais rigoroso por parte do estabelecimento comercial para prevenção de fraudes e baixa nos pagamentos, como para o usuário que precisa aguardar os prazos de confirmação de pagamento. Com o PIX é necessário apenas o uso do celular, eliminando intermediários entre as pontas pagadora e recebedora, pois a transferência ocorre de forma instantânea.

A facilidade de uso também foi parte fundamental para o sucesso deste meio de pagamento, já que a forma de cadastro é simples e segura, funciona 24 horas por dia, todos os dias da semana e inclusive feriados, não há limite mínimo para pagamento ou transferências, possui ampla estrutura possibilitando pagamentos tanto entre instituições distintas, assim também como de pessoa para pessoa (P2P), inclusive, transações conhecidas como P2G (pessoa para órgãos governamentais - person to government) e B2G (negócios para órgão governamentais - business to government).

O PIX entrou em pleno funcionamento no Brasil a partir de 16/11/2020,  segundo a visão da Federação Brasileira de Bancos - Febraban, este novo meio de pagamento será uma ferramenta importante para a retomada econômica do país, além de reduzir a necessidade do uso de dinheiro em espécie nas transações comerciais, que só em custo de logística totaliza cerca de R$ 10 bilhões ao ano, trará maior volume de inclusão social, fato este que foi acelerado devido as circunstâncias da pandemia Covid-19 com o pagamento do auxílio emergencial.

Conforme dados do Banco Central, é possível perceber que a aderência ao Pix vem ganhando força de forma bastante acelerada, em dezembro de 2020 já haviam mais de 79 milhões de contas de pessoas físicas cadastradas no Diretório de Identificadores de Contas Transacionais - DICT, o que gerou neste período mais de 124 Milhões de transações Pix. Para um meio de pagamento que passou a vigorar oficialmente em meados de novembro de 2020, podemos perceber que o PIX é um divisor de águas no uso de meios de pagamento digital, tornando possível alavancar a competitividade do mercado, além de trazer mais segurança, eficiência e conveniência como um todo, de forma a aprimorar a experiência dos usuários e acelerar a digitalização de pagamentos no varejo.